O que os olhos não vêem, o coração não sente: uma reflexão sobre percepção e realidade
Se a percepção é uma das chaves para nossa realidade emocional, até que ponto as experiências que não vivenciamos deixam marcas? Como as interpretações individuais do que é e do que não é influenciam nossas interações e relações com o mundo ao nosso redor? Se considerar que a falta de percepção pode resultar em desconexão emocional, como podemos cultivar uma maior relação com as nossas experiências sensoriais e imaginativas? A máxima popular "o que os olhos não vêem, o coração não sente" ressoa na discussão / provocação filosófica sobre a percepção e a realidade. Essa frase tão dita diz que que a ausência de percepção sensorial pode levar à inexistência emocional de um objeto ou evento. Será? Assim, podemos conectar essa ideia à filosofia de George Berkeley, que propôs que a realidade é constituída pela percepção. Segundo ele se não vemos a árvore cair no silêncio da floresta, seu barulho, de certa forma, não nos afeta, permanecendo a noção de que a realidade é um constructo