Texto Caldaico Reescrito: A Perspectiva da Pessoa Lúcida - século IV a.C
A pessoa lúcida compreende que a vida é repleta de acontecimentos e emoções intensas, e, por isso, não se deixa levar pelo entusiasmo desmedido, assim como não teme a morte. Para ela, viver e morrer possuem o mesmo valor intrínseco, já que a vida é marcada por tantos sofrimentos que sua cessação não pode ser vista como um mal.
A pessoa lúcida se reconhece como um equilibrista na corda bamba da existência. Ela sabe que, seja por escolha ou por acaso, a queda no abismo é uma possibilidade constante, capaz de interromper a performance da vida a qualquer momento.
Entretanto, essa mesma pessoa pode optar pela Vida. Ao fazer essa escolha, ela se compromete a explorar todas as suas possibilidades. Caminhará por campos abertos e por vielas floridas, encontrando beleza em cada detalhe. Terá amantes, amigos e ideais; elaborará planos e os tornará realidade. Diante dos infortúnios e das doenças, ela resistirá com coragem e serenidade, sabendo suportar os desafios que surgirem.
A pessoa lúcida, ao final de sua jornada, morrerá de causas naturais, em idade avançada, cercada por filhos e netos que continuarão sua magnífica aventura. Sobre sua memória, pairará uma aura de bondade, e será lembrada como alguém que amou intensamente e fez o bem às pessoas.
A lei natural que rege a vida determina que a quantidade de eventos negativos que uma pessoa enfrenta deve sempre ser equivalente à quantidade de eventos positivos. No entanto, a pessoa lúcida, ao escolher a Vida com o consentimento dos Deuses, possui o poder de alterar essa dinâmica. Em sua trajetória, os acontecimentos favoráveis estarão sempre em maior número.
Essa é uma generosidade que a natureza concede àqueles que vivem com lucidez.
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Reflexão: A escolha pela lucidez não é apenas uma questão de percepção, mas uma prática diária de apreciação da vida em suas nuances. Como cada um pode cultivar essa lucidez em seu cotidiano?
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