No quieto abismo do silêncio,
onde o mundo se dissolve em murmúrios,
habita a heróica essência,
a essência que se entrelaça com a carne,
num convívio íntimo, sem neurose, profundo.
O sexo, ato primal,
em sua selvageria desatada,
abraça o ser genuinamente animal,
nua de neuroses,
onde o prazer ecoa como um grito.
A carne anseia, sedenta,
mas as amarras da mente
tecem fetiches como cortinas,
nas sombras do querer,
um jogo entre o sutil e o grotesco.
E assim, cada toque,
cada suspiro,
é um convite à transcendência,
um lembrete de que somos,
essencialmente, libertos no silêncio.
Nesse espaço onde o eu se desfaz,
e o animal ressurge em sua crueza,
a conexão verdadeira se faz,
onde o prazer e a dor dançam,
num balé infinito de prazer,
da finitude que se expande,
na calma do silêncio que celebra.
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