O desejo é o motor que move a existência
O desejo é o motor que move a existência, não pelo que se alcança, mas pelo próprio ato de desejar, um fluxo incessante que mantém viva a chama da incompletude e nos impulsiona a criar sentidos no vazio.
O motor do desejo é, paradoxalmente, o próprio ato de desejar, pois o desejo nunca é uma plenitude, mas um movimento contínuo e insaciável, uma dança em direção ao inalcançável que nos mantém vivos e pulsantes.
Desejar é nutrir um vazio que jamais se preenche por completo, mas que cria significados no entremeio da busca. É querer não apenas alcançar algo, mas também seguir querendo, permitindo que essa dinâmica de busca e falta teça os fios da nossa existência. Sem o desejo em si — esse impulso de estar sempre projetando horizontes, mesmo que inalcançáveis —, a vida se torna inerte, uma superfície sem relevo.
Assim, viver é entender que o desejo não repousa em um resultado final, mas na perpetuidade do próprio anseio de sempre ir além.
Comentários
Postar um comentário