Os ciúmes assomam como sombras indesejadas, com suas garras delicadas e cortantes, ensaiando um balé que nos envolve em sua dança disfarçada. Ah, o amor livre, essa utopia que se pinta em cores vibrantes, e, ao mesmo tempo, carrega dentro de si os ecos do desamparo. A liberdade veste-se de um brilho sedutor, mas o coração... esse palácio de incertezas... ressoa com o temor de perder aquilo que se ama em uma tempestade de inseguranças. Em cada olhar que se desvia, um vulcão interno desperta. O ciúme é um velho conhecido, que nos sussurra em cada esquina: "será que te ama tanto assim?" No âmago dessa liberdade que buscamos, as sombras insistem em se manter abertas, como janelas que não conseguem se fechar, permitindo a entrada de ventos perturbadores. Há na liberdade a promessa de um amor sem correntes, e, ao mesmo tempo, a fragilidade de correntes invisíveis que se entrelaçam em nossos corações. E eis o dilema: como viver em um amor que se reinventa sem que as chamas do ciúme ...