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O que seremos de nós depois do COVID19?

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Estou aqui olhando para o pátio sem alunos e começo a materializar minha aflição em palavras escritas. É muito triste ver a escola vazia... Causa um sentimento de vazio abrangente. Escola é o lugar do barulho de gente... é o espaço do movimento de fazer a vida. Talvez a manifestação de gente é o que faz da escola a esperança. Por decreto oficial e por bom senso nós nos obrigamos a paralisar. A grande máquina de produção intensa e constante do Capital é obrigada a parar. O conselho frenético, mas real-necessário, diz: evite relações sociais. Evitemos encontros. A pandemia tornou moralmente aceito assumir que trememos de medo do grande risco que é o outro. Trate o outro sempre como um perigo em potencial. Neste início de século e nessa hora da Globalização é lamentável reconhecer a expressa deteriorização dos afetos. Cuidado com o outro... evite contatos... paremos de conexões físicas. Usem mais as redes virtuais. Mas já não estamos nessa? Os contatos que nos humanizam são cla