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O amor: os opostos se atraem e/ou distraem? Reflexões das teorias aos afetos

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O amor, essa força intrínseca que permeia nossa existência, desencadeia um intricado processo psicológico que vai muito além das simples trocas afetivas. Segundo Lacan, a busca incessante por completude, assinada em nós pela linguagem culturalizada, está enraizada na falta estrutural do sujeito, na ausência do objeto primordial que dá origem ao desejo. Assim, o amor se torna uma inquietude contínua de busca por algo que sempre parece escapar, uma tentativa de preencher o vazio que nos habita. A busca pela redenção no amor muitas vezes nos leva a idealizações românticas que distorcem nossa percepção da realidade afetiva e efetiva (in)validações no lugar de amável. A influência das representações culturais, bastante amplificadas pelas religiões e literaturas, reforça essas idealizações violentas, retratando o amor, na maioria das vezes, de forma dramática e irreal. Como consequência, não é de estranhar tal causalidade, nossas expectativas geralmente são moldadas por ideais inatingíveis,