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Dia Nacional da Música Brasileira



Nesse ano a presidente Dilma criou a o dia nacional da MPB. Falar da identidade da nossa música é certamente compreender também a identidade do nosso povo, com isso compreendemos a arte, como na ideia de Platão (copia), o reflexo contrário de algo que ao imita a realidade é também uma realidade que imita o artístico.
            Com a nossa música compreendemos os eixos de história, filosofia e política da sociedade, como por exemplo, o movimento da Tropicália buscando liberdade de expressão, o samba com suas várias faces no decorrer do tempo dizendo experiências da existência com o olhar bem próprio de cada período ou ainda a música que mostra a mulher querendo espaço na coletividade. Enfim, vários objetivos se musicalizam na MPB.
            Contemplar a música nacional é contemplar a nossa própria identidade, isso a compreenderá em uma dinâmica com trilhas sonoras belas e também trágicas... Mas, qual tem sido a trilha sonora que tem escolhido para si?
            Assim como a identidade do pensamento nacional a música também demonstra diversidade de influencias. Tenho escutado algumas músicas que não sei classificá-las dentro de um segmento música estático e podemos concluir apenas que é música brasileira. Escutei algumas músicas produzidas no que chamávamos de sertanejo e não pude compreender se era axé ou funk, e ou rock pop.  
            Falando em sertanejo, nossa música popular em alta que esta sendo vendida para o resto do mundo, é uma fração da musicalidade nacional que tem sofrido várias roupagens. Aquele sertanejo caipira nato da viola hoje conta com os acordes das guitarras, ganhou industrialização com a sanfona do sul do Brasil, foi chamado de universitário e com eletronização invadiu até mesmo a pistas das baladas.
            Eu falo sempre de mau gosto musical, de música de baixo nível, decadência da música... Todavia com esse preconceito não retomo uma discriminação racial ou de classe, mas aponto alguns declínios na nossa música ao que se refere à qualidade.  Outra máxima dessa compreensão é analisar o que da música que escutamos diz de quem somos.
            Falando assim parece mesmo uma arrogância julgar o meu gosto particular como verdade universal, mas me explico dizendo quando aponto essa miséria de música eu também lembro que temos músicas de palavreado chulo fazendo apologias negativas e excitado preconceitos.  Mas isso é fácil mente entendido quando lembramos que essa também é uma das várias caras na nossa nação.
            A diversidade sintoniza riqueza mesmo sem saber rotular a qual identidade pertence. Axé, funk, brega, eletro-brega, sertanejo clássico, sertanejo universitário, samba, pagode, chorinho, bossa nova, rock, pop... Isso e muito mais são ingredientes dessa combinação rica da MPB.
            Música que leva reflexão, outras a futilidade e ao prazer. Música que agrada ou que romantiza a vida, música que traduz sentimentos, outras que despertam sentimentos. Música de bar, música para relaxar. Música que agrega educa, consola... Música crítica. Música... Eu particularmente não sei viver sem música brasileira. Por isso hoje a MPB celebro com muita gratidão por embalar os meus dias.
            Louvo a poesia na música brasileira, louvo o ritmo, louvo a dança e as interpretações... Louvor grandioso para música nacional nesse primeiro dia nacional da MPB, dia 17 de outubro de 2012. Que possa ser uma data de maior atenção nos próximos anos, que nossas entidades utilizem dessa data para celebrar a nossa riqueza cultural através da música.

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