Questões respondidas sobre Sócrates - Por Professor Ítalo Silva

1. Quanto ao contexto histórico e social de Sócrates diga sobre

a) cidadania e realidade política:

b) família e profissões:

2. Sobre as diferenças entre Sócrates e os sofistas, comente-as partindo da significação do debate erístico e do debate dialético.

3. Quem são os principais escritores sobre Sócrates e quais as principais características dessa escrita.

4. Para Sócrates o que é...

)Ética

)Política

)Estética

5. Na filosófica socrática, o que é o método dialógico e como ele é realizado pela maiêutica e a pela ironia.

6. Se fosse possível resumir a centralidade do pensamento socrático qual seria?

7. Explique a frase de Sócrates: “Só sei que nada sei.”

8. Quais os motivos pelos quais 'Sócrates foi condenado à morte'. 

Respostas:

1. Quanto ao contexto histórico e social de Sócrates diga sobre

a) cidadania e realidade política:

b) família e profissões:

R – a) Nascido em Atenas no século de Péricles onde a democracia desenvolveu intensa vida cultural e artística. Sócrates (469-399 a.C.) é tradicionalmente considerado um marco divisório da história da filosofia grega. Por isso, os filósofos que o antecedem são chamados pré-socráticos e os que sucedem, de pós-socráticos.

b) Filho de uma parteira e um escultor (mais tarde faz referências as profissões dos pais na elaboração de sua filosofia, Sócrates foi primeiro soldado, escultor, senador e mais tarde com a maturidade saiu a perambular pelas ruas de Atenas como filosofo que dizia escutar a sua missão de tirar as pessoas da ignorância. 

2. Sobre as diferenças entre Sócrates e os sofistas, comente-as partindo da significação do debate erístico e do debate dialético.

R – A principal diferença entre Sócrates e os sofista e a compreensão sobre a abordagem da verdade e dos valores. Enquanto para os sofistas tudo é relativo ao sujeito, para Sócrates o sujeito descobre uma verdade objetiva. Com isso o debate sofista era pela erística, ou seja, uma disputa, empregada com o objetivo de vencer uma discussão e não necessariamente de descobrir a verdade de uma questão como propunha Sócrates no debate dialético. Outro mais é que enquanto os sofistas comercializavam o saber Sócrates condenava tal prática defendendo que a filosofia deveria ser feita por amor e sem interesses.

3. Quem são os principais escritores sobre Sócrates e quais as principais características dessa escrita.

R – Como Sócrates não escreveu nenhuma obra, tudo o que sabemos ao seu respeito e sobre suas defesas filosóficas são por fontes segundas. Sobretudo pelas escritas dos seus seguidores, destacando-se três principais: a) os escritos militares de Xenofonte; b) os textos cômicos de Aristófanes e c) os diálogos filosóficos de Platão.

4. Para Sócrates o que é...

A) Ética

R – a) Em Sócrates a Razão (alma) é a essência do homem, logo o comportamento deve ser fruto de uma vida reflexiva, ou seja, a conduta deve ser resultado do pensar. Para Sócrates a obediência à lei era o divisor entre a civilização e a barbárie. Sócrates afirma que apenas o ignorante é vicioso ou incapaz de virtude, pois quem sabe o que é bem não poderá deixar de agir virtuosamente, a partir de princípios gerais absolutos, tendo como fim da ação a felicidade. Em síntese é uma ética pelo conhecimento e para à felicidade.

B) Política:

R – b) Tendo a centralidade na razão, a pólis deveria ser conduzida com sabedoria. O que mais tarde interpretaram por sophócracia. Os filósofos seriam os perfeitos governadores pois somente eles têm a capacidade de entender os mais profundos conhecimentos.

Nisso Sócrates era contrário a aristocracia democrática. Pensava que em algumas situações os tiranos podem até ser mais legítimos que a democracia.

C) Estética:

R – c) Para Sócrates, "o belo é o útil", ou seja... a beleza, para o filósofo não está associada à quão "enfeitado" for um objeto, mas em quão útil ele for. Sócrates afirmava que nada escapa às imperfeições. Para que o artista reproduzisse coisas belas, próximas do ideal de Belo, teria que apelar à reunião de múltiplos de belezas espalhadas na Natureza.

A Beleza ideal como a reunião dos fragmentos que compõem a Natureza caminhando no sentido da desordem para a ordem. Para que encontremos a Beleza é necessário caminhar pela estrada do conhecimento.

5. Na filosófica socrática, o que é o método dialógico e como ele é realizado pela maiêutica e a pela ironia.

R – A filosofia socrática era desenvolvia mediante diálogos críticos com seus interlocutores. Esses debates-diálogos podem ser divididos em dois momentos básicos: a ironia e a maiêutica. A primeira parte ele questionava é a ironia. No grego, ironia quer dizer “interrogação”. Interrogava seus discípulos naquilo que pensavam saber. A maiêutica termo grego que significa “arte de trazer à luz”, é a segunda parte onde pela ironia a pessoa realiza o parir das ideias. O objetivo de Sócrates era ajudar os discípulos a conceberem neles mesmos suas próprias ideias. Assim, transportava para o campo da filosofia o exemplo de sua mãe, que sendo parteira, ajudava a trazer crianças ao mundo.

6. Se fosse possível resumir a centralidade do pensamento socrático qual seria?

R – A centralidade da filosofia de Sócrates está na busca do autoconhecimento, “conhece-te a ti mesmo”, e nesse ‘parir das ideias’ encontrar em si, mediante a universalidade da Razão, o Bem, o Belo e o Verdadeiro em instância absoluta. 

7. Explique a frase de Sócrates:

“Só sei que nada sei.”

R – Sócrates buscava demolir o orgulho, a arrogância e a presunção do saber.

A primeira virtude do sábio é adquirir a consciência da própria ignorância. “Sei que nada sei”, dizia Sócrates apresentando a postura do sábio na busca humilde e perene pelo conhecimento.

8. Quais os motivos pelos quais ´Sócrates foi condenado à morte

R – Sócrates foi acusado pelo tribunal de Atenas de corromper a juventude ateniense por suas ideias apresentarem uma infidelidade aos deuses e a política democrática. Assim, suas críticas apresentavam um risco para a manutenção da ordem da pólis. Sócrates dizia que tinha um daimon interior, um ‘gênio’ que o instruía. Contra a democracia apresentava uma política que fosse advinda meramente da sabedoria e não do povo.