Questões sobre Aristóteles
01. Pontue as diferenças
filosóficas sobre o divórcio de Aristóteles com o seu mestre, Platão, no que se
refere a sabedoria e a ontologia.
- Aristóteles deixa de lado componente místico religioso encontrado na filosofia de Platão e interessa-se pelas ciências da natureza.
- Aristóteles deixa de lado componente místico religioso encontrado na filosofia de Platão e interessa-se pelas ciências da natureza.
- Platão parte do conceito para a percepção da
realidade sensível. Aristóteles acredita que o conceito é formado partindo da
experiência com as coisas.
- Para Platão a ideia das coisas é fixa no
Mundo das Ideias. Aristóteles acredita que
o conceito (ideia) da coisa é próprio da coisa.
- Para Aristóteles, a partir da observação da
realidade da existência do ser, é que atingiríamos sua essência. Realidade essa
que seria tudo o que vemos, pegamos, ouvimos e sentimos.
- Para Aristóteles, o objeto próprio das
ciências é a compreensão do universal.
02. Como era chamada a
escola filosófica fundada por Aristóteles e ao que ela pretendia?
A escola filosófica
aristotélica é o Liceu. Pretendia apreciar, organizar, classificar e nomear
todas as formas de conhecimento, principalmente a percepção das ciências
naturais e sobre ela fazer generalizações.
03. Como eram conhecidos os
seguidores de Aristóteles e por qual motivo recebem esse nome?
Os seguidores de Aristóteles
eram conhecidos como peripatéticos pois filosofavam enquanto caminhavam pelos
jardins, isso é, andavam nos pátios elaborando conhecimento sobre as coisas que
encontravam pelo caminho. Essa característica aponta para a formação do
conceito partindo da experiência.
04. Explique o sentido para
a firmação: a teleologia é base da
filosofia de Aristóteles.
Teleologia é a busca pela
finalidade das coisas. É uma doutrina inerente ao aristotelismo e a seus
desdobramentos, fundamentada na ideia de que tanto os múltiplos seres
existentes, quanto o universo como um todo direcionam-se em última instância a
uma finalidade que, por transcender a realidade material, é inalcançável de
maneira plena ou permanente. Quando tenho a resposta sobre a finalidade da
coisa também encontro a sua essência.
05. Explique o movimento de
Potência para Ato segundo a teoria ontológica aristotélica.
O problema da permanência e
da mudança vem desde os filósofos pré-socráticos. Aristóteles também retoma
este problema, já que para ele o mundo das ideias de Platão é uma cópia daquilo
que os nossos sentidos fornecerem. Isto é, todo conceito, ou ideia que temos
das coisas, primeiro passou pelos nossos sentidos, por exemplo, só formamos a
ideia cadeira após termos o contato com vários tipos de cadeiras. Aristóteles entende
que o movimento existe e que está dentro da própria coisa, mudando sua forma,
mas não sua matéria. O movimento compõe a passagem de potência para ato. O Ato:
a manifestação atual do ser, aquilo que ele já é (por exemplo: a semente é, em
ato, uma semente). A Potência: as possibilidades do ser (capacidade de ser),
aquilo que ainda não é mas que pode vir a ser (por exemplo: a semente é, em
potencia, a árvore).
06. Quais são as 4 causas na
causalidade aristotélica e qual é a argumentação do “primeiro motor”?
Causalidade é a relação
entre um evento A (a causa) e um segundo evento B (o efeito). Deve-se
considerar que há A) 'Causalidade
acidental': é uma causa que pode ou não pode ocasionar um efeito, do qual a
causa não depende (acaso). A exemplo, uma cadeira pode ser de madeira, ferro ou
plástico; mas uma cadeira, para ser uma cadeira, não depende de qual desses
materiais foram escolhidos para construí-la. B) 'Causalidade essencial': é uma causa cujo efeito é necessário, e
de cujo efeito a própria causa depende. A exemplo, ser humano acarreta
necessariamente o efeito de ser um “bípede sem penas”; uma cadeira, para ser
cadeira, deve ser algo em que se pode sentar. 1) A Causa material: refere-se ao meio físico material requisitado à
existência da consequência. A exemplo, a causa material de uma mesa pode ser a
madeira; a de uma escultura pode ser o barro ou o bronze; 2) a Causa formal: refere-se ao fator
determinante da forma, ou seja, da distribuição espacial de matéria. A pessoa
retratada constitui a causa formal de uma pintura-retrato, por exemplo; 3)
a Causa
eficiente: atrela-se fator primário que dispara ou acarreta a mudança, ou
seja, atrela-se ao gatilho ou ao processo que leva à existência da
consequência. Uma causa eficiente de X pode estar presente sem que X seja de
fato produzido, e por isso, a ideia de causa eficiente não deve ser confundida
com a de causa suficiente. Como exemplos citam-se: um incêndio pode ter como
causa eficiente um raio; Aristóteles diz que, para uma mesa, a causa eficiente
é o trabalho manual do carpinteiro; e, por fim; 4) a Causa final ou teleológica: atrelada ao propósito ou objetivo da
consequência. Como exemplo tem-se que a causa final de uma casa pode ser
abrigar; a do nariz é cheirar. Para Aristóteles, a causa final destaca-se como
determinante. O Primeiro Motor ou Motor Imóvel deve ser ‘ato puro’, é
responsável pelo princípio do movimento dado na causa eficiente ou final. O
Motor é o que move sem ser movido. Segundo Aristóteles, o Primeiro Motor é a
causa do movimento das estrelas e das esferas celestes.
07. Em Aristóteles defina e
relacione o Eudemonismo com:
7.1 – Política
7.2 – Ética
7.2 – Ética
Eudemonismo ou eudaimonismo é uma doutrina segundo a qual
a felicidade é o objetivo da vida humana. Segundo Aristóteles: "A
felicidade é um princípio; é para alcançá-la que realizamos todos os outros
atos; ela é exatamente o gênio de nossas motivações". Estas motivações é a
essência do ser humano em seu comportamento individual (Ética) e na sua
organização coletiva (Política). A ética relacionada com a virtude
(“meio-termo”) é a possibilidade da felicidade. É de Aristóteles a afirmação:
“o homem é um animal político.” Nisso a organização da cidade é necessidade
para a felicidade coletiva. A ética é a doutrina moral individual, a política é
a doutrina moral social.
08. Qual é a ideia de
virtude em Aristóteles?
A razão aristotélica
governa, domina as paixões, não as aniquila e destrói como queria o ascetismo
platônico. A virtude ética não é razão pura, mas uma aplicação da razão; não é
unicamente ciência, mas uma ação com ciência em que o ser humano aprende e
desenvolve no que combate os vícios com o que lhes são opostos. “Meio-termo”
entre excessos e faltas. Tanto a virtude intelectual quanto a virtude moral são
desenvolvidas, sendo que a primeira delas desenvolve-se através do ensino e a
segunda desenvolve-se através do exercício continuado.
Conceitua virtude
dividindo-a em duas: virtude intelectual e virtude moral.
Virtude intelectual é aquela
que nasce e progride graças aos resultados da aprendizagem e da educação.
A virtude moral não é gerada
em nós por natureza, é o resultado do hábito que nos torna capazes de praticar
atos justos.
A virtude não é média, ela é
a média justa. Saímos do âmbito quantitativo onde tudo é colocado no mesmo
plano e passemos ao âmbito qualitativo. Observe que tanto nas paixões como nas
ações, há condutas que estão abaixo ou acima do que convém. A virtude não é
assim uma média aritmética dos excessos para mais ou para menos, ela é o
vértice de eminência, ou seja, é ela quem diz qual é o vício para cima ou para
baixo.
09. Explicar o conceito de
ciência em Aristóteles.
Ciência é a busca por novas
verdades, isso é, Universais. Os dois aspectos que guiam a ciência são: a
causalidade e a necessidade. Atribuindo para a ciência o princípio de encontrar
generalizações.
Há duas maneiras de se obter
novas verdades. A primeira é por indução, que consiste na passagem do
particular para o geral, através do exame de exemplos particulares nos quais
uma certa característica sempre aparece, levando-se a afirmar uma regra geral
que supõe-se válida para casos ainda não examinados; a segunda maneira é por dedução
onde duas verdades gerais( evidentes ou supostas) implicam necessariamente em
uma terceira verdade.
A dedução, também conhecida
como silogismo, foi a estrutura lógica mais estudada por Aristóteles,
justamente por ele acreditar ser esta a única forma de se fazer ciência.
Segundo ele, não há ciência sem demonstração (ou silogismo) e, é através das
conclusões das diversas cadeias de silogismo que se alcança novas verdades e se
amplia o conhecimento sobre as coisas, a partir de saberes anteriores ou premissas
primeiras(no caso da ciência, dado por princípios).
10. Elabore um silogismo
lógico com duas premissas e uma conclusão que vai da generalização universal para
uma conclusão particular.
Todo A é B.
C é A.
Logo, C é B.
TAmanha de tarefa ta loko fiuuu
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