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Questões sobre o início da modernidade filosófica

1.           Quais fatores, históricos e sociais,  marcam o início da modernidade filosófica? Justifique.

2.           O que é a transição do teocentrismo para o antropocentrismo?

3.           O que foi o renascimento?

4.           Dos filósofos renascentista responda:
a)           Qual a principal obra de Maquiavel e do que se trata?
b)           Comente o significado da frase “os fins justificam os meios” na filosofia de Maquiavel.
c)            Tratando do pensamento de Maquiavel, quais características deve ter o bom governante?
d)           Quem foi Francis Bacon e qual a sua principal contribuição para a filosofia moderna?
e)           O que é, e como se divide a Teoria dos ídolos para Francis Bacon?

5. O que é a revolução copernicana cientificista?

6. Em que constituiu os pensamentos de Galileu Galilei, e qual a relação dos mesmos com o pensamento moderno?

7. Quais são as  duas principais teorias modernas do conhecimento e o que estas dizem?

8. Quais as ligações da Reforma Protestante e com o conceito de modernização?




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“[...] Foi cerca de 100 anos depois de Copérnico, que o astrônomo Johannes Kepler percebeu que as órbitas deveriam ser levemente alongadas, principalmente ao analisar os dados coletados durante anos de observações do céu por outro grande nome: Tycho Brae. Kepler foi um grande astrônomo que analisou o trajeto e os tempos de suas órbitas. Seu trabalho é conhecido como as três leis de Kepler que descrevem como os astros orbitam ao redor de outros. Historicamente, a imposição da "verdade" pela igreja católica puniu outros cientistas que aderiram as ideias de Copérnico. No século XVII, Galileu Galileu foi preso pela igreja por divulgar as ideias do Heliocentrismo. Apesar desses grandes cientistas estarem certos, somente 350 anos após a morte de Galileu, no dia 31 de outubro de 1992, o papa João Paulo II reconheceu os enganos cometidos pelo tribunal eclesiástico, e pediu perdão pelas ações que a igreja cometeu no passado com alguns cientistas, como Galileu. [...] A história de Copérnico ilustra como a ciência pode contribuir para que o homem enxergue cada vez mais longe, dando uma nova visão a ideias antigas com o uso do rigor matemático e da coragem de expor o que pensa. Quem sabe que tipo de loucuras podem estar crescendo dentre suas ideias? Tenha a coragem de Copérnico e as exponha para o mundo!

Disponível em <http://olhando-para-o-ceu.blogspot.com.br/2013/03/planetas-no-google-tributo-nicolau.html>. Acessado em 20/out./2017.

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“[...] será preciso recuperar um elemento comum aos dois movimentos – Reformas Religiosas e Humanismo -, e situá-lo no contexto tratado. Ele se encontra na negativa da oposição entre os conceitos laico e religioso. Vimos como Giacomo Marramao sublinhou o despertar da consciência individual, presente na Reforma, como gérmen da modernidade ocidental, no âmbito filosófico que destaca a laicização como libertação do homem em relação às instâncias universais. Por sua vez, Hannah Arendt disserta sobre um limiar da Idade Moderna, que consistiria em três grandes eventos, entre eles a Reforma protestante. Por meio da estatização de bens eclesiásticos, o movimento reformador desencadearia o duplo processo de expropriação e de acumulação de riqueza social. Mas Arendt também identifica um traço da modernidade no fenômeno religioso da alienação do mundo que, sob o nome de ascetismo mundano, Weber identificou como origem da nova mentalidade capitalista. Para Arendt, longe de contradizerem-se, as duas tendências – a expropriação e a alienação do mundo – coincidem. A secularização não implica o desaparecimento da fé ou um novo interesse pelas coisas deste mundo. Consequentemente, o perfil do homem moderno não seria dado pela mundanidade, mas pela sua interioridade [...].” 
MONTEIRO, Rodrigo Bentes. As Reformas Religiosas na Europa Moderna. Notas para um debate historiográfico. Varia Historia, v. 23, n. 37, p. 130-150, 2007. 

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A modernidade não pertence a cultura nenhuma, mas surge sempre CONTRA uma cultura particular, como uma fenda, uma fissura no tecido desta. Assim, na Europa, a modernidade não surge como um desenvolvimento da cultura cristã, mas como uma crítica a esta ,feita por indivíduos como Copérnico, Montaigne, Bruno, Descartes, indivíduos que, na medida em que a criticavam, já dela se separavam, já dela se desenraizavam. A crítica faz parte da razão que, não pertencendo a cultura particular nenhuma, está em princípio disponível a todos os seres humanos e culturas. Entendida desse modo, a modernidade não consiste numa etapa da história da Europa ou do mundo, mas numa postura crítica ante a cultura, postura que é capaz de surgir em diferentes momentos e regiões do mundo, como na Atenas de Péricles, na Índia do imperador Ashoka ou no Brasil de hoje. (Antonio Cícero. Resenha sobre o livro “O Roubo da História”. Folha de S.Paulo, 01.11.2008. Adaptado.)

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Enquanto o pensamento medieval é predominantemente teocêntrico (centrado na representação de Deus e na moralização proveniente desta ideia judaico-cristã), o homem renascentista coloca a si próprio no centro dos interesses e decisões. Sabemos também que este humanismo, retratado nas artes renascentistas, gerou a sociedade individualista do capitalismo. De forma lenta e processual o saber, a moral e a política são laicizados além de ser estimulados pela livre capacidade de exame.
Na consciência de ser inacabado e livre, o homem renascentista descobre também sua subjetividade se preocupando com a “consciência da consciência”. O problema central é o sujeito que conhece e que indaga se nós podemos eventualmente conhecer qualquer coisa.
Este fenômeno histórico e sóciofilosófico, ocorrido na Europa dos séculos XIV ao XVI e descrito no texto, é chamado de MODERNIZAÇÃO. 
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