Somos feitos de (re)significar


Somos feitos de (re)significar


Nossa história é feita e efeito de afetos das pessoas.

Alguns que fizeram parte dos nossos dias na presença constante e intensa hoje habitam na memória.
As escolhas e contingências, inerentes da existência efêmera, muitas vezes se fazem fora do programado.

Acho interessante como o passado passa e não deixa de passar por e em nós como presente.

A vida configura outros caminhos traçando rotas de lembranças.
A vida nos pede re-significar em cada curva em como compreender as memórias que fazemos e que nos fazem.

Nessa frequência de metamorfosear alguns sentem falta da gente e da gente que a gente foi.

Celebro em mim um quantitativo de gente espetacular que em momentos variáveis construíram o homem que sou.

Poucos permanecem na frequência dos abraços. Porém são muitos que se alojam na minha memória de gratidão e saudade.

Com o fluxo da vida parece que esquecemos quem um dia nós fomos. Talvez até esqueçamos mesmo.
Mas geralmente não esquecemos das pessoas que nos conectamos. Nossa gente que nos escutaram e que escutamos no decorrer desse misterioso caminho de "metamorfoses ambulantes."

Geralmente se esquece de momentos sem nos esquecermos das pessoas que com os seus afetos nos afetaram em algum momento.

As expectativas que buscam eternizar momentos e presenças, são frustrações... pois nos é possível somente eternizar pessoas na caixinha particular da gratidão.

Tudo que penso, sinto, falo e sou é efeito de muita gente que celebro com saudade e gratidão no meu "infinito participar".

- Ítalo Silva - 23 de abril de 2017

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