Questões respondidas sobre Indústria Cultural
1. Quando e em qual obra aparece pela primeira vez o termo Indústria
Cultural?
- textos fundamentados a partir do livro didático: GALLO, Silvio. A filosofia e seu ensino: conceito e transversalidade. Filosofia no ensino médio. Temas, problemas e propostas. São Paulo: Loyola, p. 15-36, 2007.
Analisando a arte e a
cultura no século XX, os filósofos Adorno e Horkheimer criaram o conceito de
“indústria cultural”, que apareceu pela primeira vez no livro Dialética do
esclarecimento, publicado em 1947. O pensamento produzido pela Escola de
Frankfurt, em geral denominado “teoria crítica”, exerceu grande influência na
filosofia e nas ciências sociais ao longo do século XX.
2. Segundo Benjamin quais as considerações críticas sobre a obra de
arte na era de sua reprodutibilidade técnica?
Para Walter Benjamin, a
natureza da obra de arte transforma-se radicalmente com a invenção das técnicas
de reprodução mecânicas em meados do século XIX. Se antes uma pintura ou uma escultura
eram objetos únicos, com a reprodução fotográfica elas passam a poder ser
reproduzidas em massa, o que transforma a relação do público com a arte. Antes
da invenção da fotografia, por exemplo, apenas quem fosse ao Museu do Louvre,
em Paris, poderia conhecer a Monalisa, de Leonardo da Vinci. Com a
reprodutibilidade técnica, sua imagem ganha uma circulação universal. Com isso,
a arte deixa de ser acessível a poucos. E, apesar de a pintura nunca perder seu
caráter original, sua autoridade é diminuída.
3. Narre sobre a música na reprodutibilidade técnica.
Ela só estava acessível
quando os músicos se reuniam para tocá-la. Com a industrialização, a invenção
de técnicas e equipamentos de gravação permitiu que uma música fosse gravada e
que alguém que tenha em casa um aparelho de reprodução possa ouvi-la a qualquer
momento, sem precisar ir a um concerto.
4. Reprodutibilidade técnica elaborou um aspecto negativo e um aspecto positivo
para a arte na Indústria Cultual. Quais são?
Para Walter Benjamin a
possibilidade de reprodução contém um aspecto positivo, pois “democratiza” o
acesso à arte, que deixava de ser um privilégio das elites. Embora a obra de
arte perdesse seu caráter singular, de ser única, podia agora ser levada às
massas. Já Adorno e Horkheimer acentuaram o caráter problemático dessa democratização,
seria no sentido de uma “banalização”, exatamente por ela vir acompanhada de
uma massificação das artes. Eles afirmavam que a obra de arte reproduzida podia
ser transformada em apenas mais uma mercadoria pela lógica capitalista de
produção e circulação. E, como mercadoria, ela deixava de ser obra de arte.
Segundo os dois filósofos alemães, surgia assim uma nova indústria, a
“indústria cultural”, destinada a produzir objetos culturais para serem
vendidos como mercadorias.
5. Conceitue a partir da Escola de Frankfurt o que é a Semicultura.
Semicultura é uma cultura pela
metade. Ouvimos as músicas que o mercado nos oferece, assistimos aos filmes que
a indústria cultural nos oferece. Pensamos que escolhemos aquilo de que
gostamos, mas escolhemos a partir das opções que a indústria cultural nos dá.
6. Fale sobre a domesticação do comportamento de consumo na Indústria
Cultural.
Os meios de comunicação de
massa (veículos da indústria cultural) oferecem colocarem aos consumidores, por
meio de publicidades, uma felicidade imediatamente. Fazem a ligação da
felicidade com as compra de alguma mercadoria. Até o gosto sofre manipulações
para servir ao consumo, sejam os interesses por músicas, calçados, roupas, comportamentos,
carros, bebidas, estilos, e até mesmo por religiosidades. O público,
infantilizado pelas várias estratégias de linguagem adotadas nos meios de
comunicação, procura avidamente satisfazer dos desejos naquilo que é indicado
pela Indústria Cultural. Uma vez que nos tornamos passivos, acríticos, deixamos
de distinguir a ficção da realidade, nos infantilizamos e, por isso, nos julgamos
incapazes, incompetentes para decidirmos sobre nossas próprias vidas. Assim, conseqüentemente,
nos julgamos preparados para pensar, e desejamos ouvir dos especialistas da
mídia o que devemos fazer, sentimo-nos intimidados e aceitamos todos os
produtos que a mídia nos impõe.
01.
O pensamento produzido
pela Escola de Frankfurt, em geral denominado “teoria crítica”, exerceu grande
influência na filosofia e nas ciências sociais ao longo do século XX. Para
Walter Benjamin, a natureza da obra de arte transforma-se radicalmente com a
invenção das técnicas de reprodução mecânicas em meados do século XIX. Analisando a arte e a cultura no século
XX, os filósofos Adorno e Horkheimer criaram o conceito de “indústria
cultural”, que apareceu pela primeira vez em um livro publicado em 1947. O nome
deste livro é
a) Dialética do amadurecimento
b) Dialética do questionamento
c) Dialética do esclarecimento
d) Dialética do renascimento
e) Dialética do crescimento
02.
A música só estava acessível quando os músicos se reuniam para
tocá-la. Com a industrialização, a invenção de técnicas e equipamentos de
gravação permitiu que uma música fosse gravada e que alguém que tenha em casa
um aparelho de reprodução possa ouvi-la a qualquer momento, sem precisar ir a
um concerto. Este ponto é pontuando por Adorno e Horkheimer com um aspecto
a) negativo da Indústria Cultural, pois
permite que a classe baixa tenha acesso aos bens artísticos.
b) negativo da Indústria Cultural, pois
não permite que os músicos cresçam como artistas.
c) positivo da Indústria Cultural, pois
permite que os músicos cresçam como artistas.
d) positivo da Indústria Cultural, pois
democratiza a arte permitindo que várias classes tenham acesso aos bens
artísticos.
e) negativo da Indústria Cultural, pois
democratiza a arte permitindo que várias classes tenham acesso aos bens
artísticos.
03.
Adorno e Horkheimer dizem
que a obra de arte reproduzida podia ser transformada em apenas mais uma
mercadoria pela lógica capitalista de produção e circulação. E, como
mercadoria, ela deixava de ser obra de arte. Segundo os dois filósofos alemães,
surgia assim uma nova indústria, a “indústria cultural”, destinada a produzir
objetos culturais para serem vendidos como mercadorias. O cinema se tornava uma
indústria que produzia mercadorias
culturais (os filmes) e a música passava
a ser produzida segundo a lógica de mercado das gravadoras. Em lugar de
democratizar a arte, como pensava Benjamin, levando-a a um número maior de
pessoas, perdia-se a arte, que se transformava em apenas mais uma mercadoria. O
efeito desse processo é o que Adorno chamaria mais tarde de
a) capitalismo artístico
b) dialética do lucro
c) cultura mercantil
d) semicultura
e) cultura pop
04.
Na imagem vemos a foto de uma loja vendendo
produtos estampados com a imagem da Mona Lisa (La Joconde), obra de Leonardo da
Vinci, durante exposição “Jocondissima”, no museu Cholet, na França, em 2001. A
questão retratada na imagem seria segundo a concepção de que Walter Benjamin no
capitalismo se desenvolve a morte da arte como conseqüência da
a) reprodutibilidade técnica
b) ilusão padronizada
c) expressão cultural
d) lucro nas vendas
e) arte burguesa
05.
ENEM/2016 –
Hoje,
a indústria cultural assumiu a herança civilizatória da democracia de pioneiros
e empresários, que tampouco devolvera uma fineza de sentido para os desvios
espirituais. Todos são livres para dançar e se divertir, do mesmo modo que,
desde a neutralização histórica da religião, são livres para entrar em qualquer
uma das inúmeras seitas. Mas a liberdade de escolha da ideologia, que reflete
sempre a coerção econômica, revela-se em todos os setores como a liberdade de
escolher o que é sempre a mesma coisa.
ADORNO,
T; HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de
Janeiro: Zahar, 1985.
A liberdade de escolha na civilização
ocidental, de acordo com a análise do texto, é um (a)
a) legado social.
b) patrimônio político.
c) produto da moralidade.
d) conquista da humanidade.
e) ilusão da contemporaneidade.
Nº
|
Alternativa correta
|
1.
|
C
|
2.
|
D
|
3.
|
D
|
4.
|
A
|
5.
|
E
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- textos fundamentados a partir do livro didático: GALLO, Silvio. A filosofia e seu ensino: conceito e transversalidade. Filosofia no ensino médio. Temas, problemas e propostas. São Paulo: Loyola, p. 15-36, 2007.
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