Ensino de Filosofia

Filosofar como produto e como processo?
Antes o aluno era visto como uma mera tabua rasa, ou seja, um papel em branco a ser escrito. E o filósofo-educador como aquele que escrevia ali ao seu jeito ou como o programa de educação ditasse. O método, caminho, ao qual era geralmente usado se reduzia a programas enciclopédicos.
                No século XX surge uma nova proposta de educação, onde o aluno não é simples produto a ser manipulado e o professor não é o manipulador. O foco agora é o individuo educando e o professor como um “facilitador da aprendizagem.” A ênfase é para o processo do conhecimento e deixa de ser o produto.
                De fato é indispensável para o ensino de filosofia a consideração do produto, ou seja, não se faz uma filosofia autentica sem parti de referência histórica. Todavia, por outro lado, não adianta transmitir ao aluno uma gama de informação se não lhe é dado à oportunidade de formar uma identidade crítica. O ensino de filosofia feito simplesmente no método histórico é um desrespeito as diferenças encontradas em uma sala de aula.
                O conteúdo curricular deve ter a finalidade de aguçar e desenvolver a capacidade de filosofar de cada indivíduo. Por esse fato também o professor de filosofia deve ser imparcial ao tratar das diferentes correntes filosóficas, pois deve considerar a pluralidade e diversidade ideológica ao qual ele está sujeito em um ambiente educacional.

Dimensões estética, éticas e políticas da filosofia da educação
                A LDB diz que no Ensino Médio além da preparação básica para o trabalho e a cidadania o educando deve ser aprimorado como pessoa humana, incluindo a formação ética, e desenvolvimento da autonomia intelectual.
No art. 36 diz que ao final do Ensino Médio o aluno deve “demonstrar domínio dos conhecimentos filosóficos.”
                A base “curricular do Ensino Médio” deve ser desenvolvida em três dimensões, a estética, ética e política. A dimensão estética é a abertura para novidade e a invenção. Ético, é a intenção que o educando descubra sua identidade autônima reconhecendo com respeito à identidade do outro. Já na dimensão política deve haver a manifestação da participação democrática e o reconhecimento dos direitos humanos. 
                Não se trata de encaminhar os alunos a uma “direção certa”, como antes foi feito, deve sim lhe ser dado à oportunidade de desenvolver as competências necessárias para o seu pensar autônomo.

O uso da leitura analítica
 A leitura analítica é proposta para um bom desempenho do educando de filosofia.  A leitura analítica de  compõem em quatro partes. Primeiro a leitura textual, onde o estudante deve identificar o vocabulário usado, identificar o autor e a sua contextualização histórica, bem como a sua adesão a alguma corrente de pensamento.
Segundamente a leitura temática, que é a compreensão do problema que o autor se propõem a discutir, ou seja, a idéia central do texto. Seguidamente a leitura interpretativa, que seria relacionar a idéia do autor com outras concepções filosóficas. Fazer um diálogo de diferentes idéias com o problema em questão.
Por último é a problematização, onde o texto é desencadeado em novos questionamentos. É interessante ao filósofo-educador estender esse processo em um debate e em elaboração de textos críticos sobre o problema.

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